terça-feira, 3 de março de 2015

Xoves de Comadres e o empoderamento da mulher.

  Em nenhum momento a equipa de “Desmontando a Roma” quere erigir-se nos clásicos “machitos de esquerdas” que lhe indicam o caminho a mulher; todo o contrario, por isso iste artigo foi lido e comentado por mulheres do eido feminista para melhoralo (ver agradecementos ao fundo do artigo).

   A cultura tradicional tem umha utilidade para a sociedade, no intre mesmo em que perde issa utilidade o que é esquezida, convirte-se em um teatro ou pantomima que carece de sentido.

Há que falar do Entroido em contraposiçom o Carnaval Mediterrâneo extendido por todo o mundo e incluso ultimamente na propria Galiza. O Entroido nom serve coma “mural” onde exibir a mulher coma um objecto sexual; nom há “Boteiras-Sexi” ou “Choqueiras-sexi”, nom vemos “Tocadoras de Fuliom-sexi” ou “Madamitas-sexi”  embora si que podemos atopar em qualquer desfile carnavalesco mulheres expostas como “rainhas do carnaval” a jeito do gando; ou Enfermeiras-sexi, Vamiresa-sexi, policia-sexi... todo isto para o gusto do sistema heteropatriarcal.

   Assim pois podemos falar, com matizes, coma é lógico; sobre o Xoves de Comadres coma umha manifestaçom tradiçonal do empoderamento da mulher dado que o feminismo como movimento reconhescido nom nasce ate a Ilustraçom embora a Cultura Galega, coma outras culturas Celtigo-Atlânticas tem umha fonda raigame Matriarcal que ainda se manifesta hoje em dia em jeitos e ussos tradiçonães que sobreviviram a romanizaçom e a cristianizaçom.


   O xoves de comadres consiste basicamente num dia festivo onde de jeito lúdico as mulheres passam a tomar o poder umha semana despois de que os homens tenham o seu proprio dia (Xoves de Compadres) logo disto voltava-se o “Status-Quo” de igualdade de generos que supostamente existiu num remoto passado em aquela Gallaecia Matriarcal.

   Estamos falando de miles de anos, e de costumes e valores que tanto o Imperio Romano, coma a Igreja (a pior de todas) e os posteriores Sistemas Feudais encarregarom-se de ir diluindo ou borrando.

   Eis que o tempo passou e a historia mudou as cousas, e se bem podemos ser acusadas e acusados de ter umha idea romantica (ou a influencia da mesma) dum suposto passado lonxicuo melhor de equidade (a través do estudo das nossas raigames) nom debemos "sacralizar" todo o nosso passado coma melhor que a propria actualidade ou melhor dito, que o futuro que entre todas e todos construímos...  xeja como fora, o caso é que o Xoves de Comadres tivo a funçom de empoderamento da mulher na sociedade; e isse debe seguir sendo o seu papel na mesma
.
   Dependendo do lugar a celebraçom das comadres tem muitas variantes; mais os valores propostos som os mesmos:

-Em alguns casos coma os da cidade de Ourense cidade os homes tentam ridiculizar as mulheres a través de bonecos a jeito de burla e estas apanha-nos e os desfarrapam. O valor recolhido nom é a burla, se nom o empoderamento ao que tenhem que chegar as mulheres para rachar literalmente ca mesma no que toca as nulheres, no tocante os homes é o processo de entender que ante a burla as mulheres também tenhem resposta, que nom som pasivas ante a burla; ou melhor e mais interesante, que se defendem ante umha agressom.
-Em Verím por exemplo ate as 12 da noite so as mulheres podem sair a rua, tem-se dado que um home saltou a norma e rematou no rio totalmente desnudo.
-Em Vilarinho de Conso corren-se as lardeiras; umha especie de "mecos" feitos com papeles de cores no que ganha quem melhor saiba protexer a sua lardeira.

Ademais resulta ser um día de expresividade e expressom da sexualidade que tam vixiada estivo pela igreja ate vai poucos anos.

Sería de interesse que o feminismo organizado nom perdera a oportunidade de gerar consciencia a través de umha tradiçom que ainda pervive a dia de hoje, e da que deixamos estes breves apuntamentos para a melhora da sua comprenssom.
A utilidade do Xoves de Comadres a nivel social é issa: o empoderamento da mulher.

QUE VIVAM AS COMADRES!!! QUE VIVA O ENTROIDO!!!



Beiçóm especial por botar-lhe um olho o artigo a:
-María de “Kolektivo Humano”
-Susana Fariña.
-Sheila Fernandez Miguez
-Mar Lopez
...e o resto que ainda q nom respostaram, polo menos dixeram estar dispostas a leelo. Sem vos o valor do proprio artigo carecería de toda lógica.
BEIÇÓM A TODAS!!!