sábado, 7 de fevereiro de 2015

Entroidos Perdidos: As Charruas de Alhariz

Sempre que se tenha vontade, umha manifestaçom cultural e popular pode ser recuperada; o casso das Charruas de Alhariz nom ia ser distinto.
A Charrua é umha personagem tradicional do entroido de Alhariz; moi semelhante os clássicos e singelos choqueiros e choqueiras espalhados pola geografia galega.

A estética da mascara :

A estética da mascara é singela coma a dos choqueiros clássicos das Marinhas Brigantinas ou de Trás os Montes; portam roupa velha como base; por acima umha saia, e umha especie  chaqueta feitas com sacos de esparto. A cara vai tapada com um trapo velho, geralmente de cor branca ou crema. Calçam botas negras.
Os elementos mais salientáveis som:
A clássica choca que a levam pendurada (de 1 a 3 chocas) dumha corda de esparto a cintura ainda que houbo moitas charruas que usavam o um cinto de coiro.
Umha saquinha a modo de bolso no que gardam a cinza que vam guindando as pernas da gente.
Um volante feito com fitas de papel, que recorda ainda que de moita menos complexidade os volantes do Entroido Ribeirao.

A dinâmica da Mascara:

O papel da Charrua era animar a todo o mundo e faze-los participar no entroido.
Castigaba com cinsa duramente a todo aquel que nom estivera na rua fazendo entroido.
Era umha personagem que, a traves do anonimato, fazia escárnio dos seus vizinhos e conhecidos.
A dinâmica era, em resumo semelhante a da Pantalha de Ginço de Limia ou a dinâmica do Cigarrom de Verim em origem.

A desapariçom desta mascara do entroido de Alhariz, e com ela boa parte do espírito e tradiçom do entroido local viu dada seguramente polos processos de aculturizaçom da incipiente globalizaçom, e da presom exercida desde os meios polo modelo mediterrâneo conhecido coma Carnaval e sujeito os calendários da igreja e as formas de divertimento das burguesias Mediterrâneas que na Galiza deram em perceber-se coma um progresso da capital colonial, no canto de umha sustituçom e perda de valores próprios da Galiza local; em este caso Alhariz.

Do mesmo jeito que no caso dos Centulos de Pontevedra, a sua recuperaçom depende do grado de vontade por acadar a mesma das pessoas, associações e em menor medida; mais sempre ajuda, do grau de implicaçom da administraçom.
QUE VIVA O ENTROIDO DE ALHARIZ!!! QUE VIVAM AS CHARRUAS!!!