quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Como fazer umha boa Vespera de Defuntos

Nom imos a fazer um tratado de etnografia ou historia sobre esta festividade celta que Galegos, Irlandeses, Escoceses e demais espalhamos polo mundo e rematou "mutando" nas Américas em Halloween.
Coma sempre o "paifoquismo" instalado na mente de alguns quixo importar a festa "mutada" que os celtas primigenios criáramos para instalar aqui os mesmos conceitos de "Capital" e "Imperialismo" que fixo mutar a Véspera de Defuntos em Halloween.
Mais por se isto nom fora pouco, há quem "CONFUNDE SANTOS COM MAGOSTOS" ou para dar-lhe um toque mais celta importa palavras do Gaélico ou do Bretóm porque "o de fora vende mais" começando assim a decadência no usso de léxico próprio coma:
-Anta ->Dólmen
-Mámoa -> Túmulo
-Xabucia de 3 pés -> Triskel
... e agora Véspera de Defuntos ou Santos por Samain.

Como fazer umha boa véspera de Defuntos ou Santos:

1º- O NOME:
Ainda que sone a trapalhada chamar-lhe polo nome do pais começa por ponher-nos em situaçóm de onde estamos, o que somos e o que imos fazer; ¿o nosso conselho?
Chamar-lhe Véspera de Defuntos ou Véspera de Santos.

2º- O LUGAR:
Vai a umha aldea. Quanto menos povoada e com menos luz; melhor.
Um día coma a Véspera de Defuntos nom se pode celebrar numha cidade que apenas tenha conexióm ca natureza e as tebras... A luz eléctrica, os rótulos e demais matarám o efeito "magico" da noite...

3º- A AMBIENTAÇÓM:
Básicamente passámos a noite na escuridade, com luz de candil, de candeia, de círio... lume numha lareira... , as cabaças ou lanternas feitas com nabos... a iluminaçóm eléctrica mata todo tipo de clima místico.
Música a ser possível do pais ou da área galaica, com algo de misticismo e escuridade; na que se poda apreciar certa familiaridade mais aló de ser desconhecida para a maioria... Recomendamos os vizinhos do sul "Sangre Cavallum"


A decoraçóm pode ser singela, ou laboriosa, com espantalhos e cruzes celtas e xabucias, centros de mesa e guirnaldas de folhas secas e froitos do outono que recordem um bocado o final da colheita.

As Cabaças, Nabos e Caliveras gardadas de animais já mortos (esta última costume só conhecida na zona do Ulha) nom devem ser decoradas o jeito do Capitalista e Americano Hallowen; se nom que o jeito galego também tem outras formas mais redondeadas e os dentes fam-se com pauzinhos de madeiras ou pequenas polas, escolhendo na medida do possível Nabos no canto de Cabaças por aquilo de que a cabaça é um froito trazido da américa. Incluso podemos variar o esquema e talhar xabucias do pais na cabaça.
Os assistentes devem vestir na medida do posivel com roupa negra ou escura evitando cores chilhões para nom estragar isse clima de tebras que queremos criar.

4º -AS ACTIVIDADES:
O processo decorativo em si pode ser umha das actividades a fazer do dia (coma por exemplo talhar as cabaças ou os centros de mesa)
A Cea, deixando-lhe umha cadeira e um serviço o defunto ca sua comida e bebida para que se sente a mesa como um mais. Ista tradiçóm, a mais estendida em todo o pais está hoje em desuso.
Umha boa queimada co seu conjuro (lembrai que este so se debe ler em galego, do contrario nom funciona ou mesmo chega a dar mala sorte) e convidar os vizinhos.
Contar Lendas e historias ao caróm do lume; mais nada de "chicas de la curva" nem cousas importadas... Galiza conta com um riquísimo lendario sobre a Santa Companha, os Lobishomes, as ánimas etc sem necessidade de recorrer a contos trazidos de fora; assim mesmo, se contar histórias nom é o nosso forte sempre podemos escolher umha história das de Anxel Fole ou dos centos de livros de lendas galegas de tradiçóm oral ou mesmo um filme ambientado no pais coma "Romasanta" ou "O Apostolo"
As mais bravas e bravos incluso podem sair mais aló da media noite, logo da queimada, quando reinam as tebras; a dar umha volta por corredoiras e congostras levando umha presinha de sal no peto por se temos que fazer um circulo arredor nossa no medio do caminho por algo inesperado...

Passai umha boa véspera de defuntos...